
Se omitir em ações de combate ao racismo pode se tornar um motivo para perda de verbas federais via Lei Geral do Esporte para clubes, federações e confederações. Esta foi uma solicitação do Ministério do Esporte feita à Casa Civil para reforçar a luta pelo fim da discriminação racial no esporte brasileiro.
O ministro do Esporte André Fufuca (PP-MA) revelou as possíveis novas condições em evento no Espírito Santo, reafirmando que é preciso tomar medidas mais enérgicas no combate ao racismo.
“A gente fez uma solicitação à Casa Civil para que haja uma alteração no que diz respeito à Lei Geral do Esporte, lei que temos como parâmetro para o repasse dos recursos federais às confederações, federações e clubes. A gente sugere que todos aqueles clubes, federações ou confederações que não façam nada para coibir, e que não tenham ações práticas contra o racismo, tenham o repasse de recursos federais suspensos”, disse.
A medida surgiu pós o episódio de racismo sofrido pelo atacante Luighi, do Palmeiras, em duelo com o Cerro Porteño, válido pela Libertadores Sub-20.
“Essa é uma medida dura, firme, mas que ajuda muito no combate ao racismo. Até porque é um absurdo o que a gente vê hoje. O caso do Luighi é um caso absurdo, mas igual a esse tem vários casos que acontecem todos os dias e a gente não vê ação de quem pode fazer algo. Então pensando nisso, a gente entrou com essa solicitação de mudança porque eu acredito que é um passo importante no combate a uma prática que já deveria ter sido abolida há muito tempo. E infelizmente ainda há pessoas, em pleno ano de 2025, que têm isso como natural”, explicou André Fufuca.