
No dia 11 de junho de 2000, o Brasil voltava a parar diante de mais uma façanha de Gustavo Kuerten, o Guga. Em uma final emocionante contra o sueco Magnus Norman, o catarinense conquistava o bicampeonato de Roland Garros, um dos torneios mais prestigiados do circuito mundial de tênis. A vitória em Paris não apenas reforçou o talento do tenista brasileiro, como também o eternizou como um dos maiores nomes da história do esporte nacional.
Três anos antes, em 1997, o mundo conheceu Guga de forma arrebatadora. Com apenas 20 anos, cabelos encaracolados e um sorriso tímido, o jovem natural de Florianópolis surpreendeu a todos ao vencer, um por um, os favoritos daquele ano — incluindo três ex-números 1 do mundo — para levantar, pela primeira vez, o cobiçado troféu no saibro francês. Foi a primeira e única vez que um brasileiro conquistou um Grand Slam nas simples masculinas.
O título de 2000 consolidou a imagem de Guga como um especialista no saibro e um dos jogadores mais carismáticos do circuito. A final contra Norman foi marcada por momentos intensos, com viradas e troca de domínio emocional ao longo de quatro sets: 6/2, 6/3, 2/6 e 7/6(6). Guga chegou a salvar um set point no tiebreak do quarto set, antes de fechar a partida com um smash indefensável e se ajoelhar em lágrimas na terra batida de Paris.
Um ano depois, em 2001, o tenista brasileiro voltaria à capital francesa para conquistar seu terceiro e último título em Roland Garros, completando uma trajetória épica que o colocou entre os maiores nomes do esporte. Naquele mesmo ano, Guga alcançou o posto de número 1 do mundo, coroando uma carreira marcada por talento, resiliência e uma relação apaixonada com os fãs, especialmente na França, onde era tratado como ídolo.
Hoje, 11 de junho de 2025, a conquista do bicampeonato de Guga em Roland Garros completa 25 anos. O feito segue vivo na memória dos brasileiros, não apenas pela importância esportiva, mas pelo símbolo que Guga se tornou: de superação, leveza e inspiração para novas gerações.