A Federação de Futebol do Chile anunciou na ultima quarta-feira (11) a saída do técnico Ricardo Gareca do comando da seleção nacional. A decisão foi tomada após a derrota por 2 a 0 para a Bolívia, em La Paz, na terça-feira (10), resultado que selou matematicamente a eliminação da Roja das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
Contratado com a missão de recolocar o Chile em uma Copa após a ausência nos Mundiais de 2018 e 2022, Gareca não resistiu ao fraco desempenho da equipe nas eliminatórias. Com a campanha instável, marcada por um ataque ineficiente e derrotas para adversários diretos, a seleção chilena sequer alcançou a zona da repescagem intercontinental.
Desde sua chegada em 2024, o treinador argentino — conhecido por sua passagem de sucesso no comando do Peru, com quem disputou a Copa de 2018 — enfrentou dificuldades para renovar uma geração envelhecida, marcada por nomes históricos como Arturo Vidal, Alexis Sánchez e Gary Medel. A transição para novos talentos, como Darío Osorio e Marcelino Núñez, foi lenta e sem resultados expressivos.
A derrota para a Bolívia foi a gota d’água. Além do desempenho abaixo da crítica, a equipe demonstrou apatia em campo e sofreu com a altitude de La Paz. Com o revés, o Chile permaneceu distante da zona de classificação direta e ficou sem chances matemáticas de avançar à Copa organizada por Canadá, México e Estados Unidos.
Em comunicado oficial, a Federação agradeceu os serviços prestados por Gareca e afirmou que iniciará imediatamente o processo de busca por um novo técnico, com foco na preparação para a próxima Copa América e no ciclo de renovação da seleção.
A saída de Gareca abre um novo capítulo de incertezas para o futebol chileno, que vive uma crise técnica e estrutural desde o auge da geração bicampeã da Copa América (2015 e 2016). A missão agora será reconstruir, com urgência, um time competitivo que consiga reencontrar o caminho das grandes competições.