Eduardo Baptista está pronto para um novo desafio na carreira. Após uma passagem longa e vitoriosa pelo Novorizontino, o treinador, que começou como preparador físico nas equipes comandadas pelo pai, Nelsinho Baptista, acumula 11 anos de trajetória solo como técnico.
Com passagens por grandes clubes do futebol brasileiro, como Palmeiras (2017) e Fluminense (2015/2016), Eduardo também teve destaque em trabalhos no Sport, Ponte Preta, Mirassol e, mais recentemente, no Novorizontino, onde permaneceu por quase dois anos e meio, tornando-se o quarto técnico mais longevo do país no período.
Em entrevista exclusiva ao ge, o treinador de 53 anos falou sobre o momento da saída do Tigre do Vale, fez um balanço da sua trajetória recente e revelou seus planos para o futuro. Eduardo também avaliou a presença cada vez maior de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro, apontando prós e contras desse movimento.
Entre as críticas, Baptista destacou o grande número de auxiliares que acompanham os estrangeiros e o pouco critério na contratação de técnicos que ainda não conquistaram títulos em suas carreiras.
“Independentemente da nacionalidade, o critério deve ser a competência. Não se pode contratar apenas porque é estrangeiro. Temos visto treinadores chegando a grandes equipes sem histórico de títulos. Enquanto isso, o treinador brasileiro precisa vencer para se credenciar”, afirmou.
Eduardo também alertou para o impacto da presença maciça de comissões técnicas estrangeiras no desenvolvimento de novos profissionais brasileiros:
“Eles vêm com cinco ou seis auxiliares, o que tolhe o crescimento de novos treinadores no Brasil. É importante trazer novas ideias, mas não podemos abrir mão de tudo. Se amanhã surge um mercado melhor e eles vão embora, nós ficamos desamparados”, completou.
Com bagagem e visão crítica sobre o cenário atual, Eduardo Baptista segue no mercado à espera de um novo projeto para dar sequência à sua trajetória no futebol brasileiro.