
MILTON KEYNES (ING) — A manhã desta quarta-feira, 9 de julho de 2025, foi marcada por uma notícia inesperada na F1: Christian Horner não é mais o chefe da Red Bull Racing. O britânico, que liderou a equipe desde sua estreia na categoria em 2005, foi demitido com efeito imediato. Em seu lugar assume Laurent Mekies, até então responsável pelo time satélite Racing Bulls.
🧭 Um fim para uma era vitoriosa
Horner dirigiu a Red Bull em seu auge: conquistou oito títulos mundiais de pilotos e seis de construtores, acumulando 124 vitórias e se tornando o líder mais longevo da F1. Essa decisão, porém, veio como cortina de fumaça após uma temporada turbulenta — com queda de desempenho e conturbada nas bastidores. Esse cenário de crise culminou num ambiente interno tenso e fez emergir o momento certo para uma mudança de comando
🌩️ Crise e pressão
O desempenho de 2025 ficou bem abaixo das expectativas: apenas duas vitórias em 12 provas, com o campeão Max Verstappen fora da disputa pelo título e rumores de insatisfação levantando dúvidas sobre seu futuro na equipe .
Além disso, o ano anterior marcou uma fase interna delicada após uma investigação sobre “comportamento inapropriado” contra Horner. Apesar de ter sido inocentado duas vezes, a turbulência deixou marcas — reforçada pela saída de figuras como os engenheiros Adrian Newey e Jonathan Wheatley.
🔄 A nomeação de Laurent Mekies
Em comunicado, a Red Bull anunciou:
“Christian Horner foi liberado de suas funções operacionais com efeito imediato. A partir de hoje, Laurent Mekies, do Racing Bulls, assume como CEO da Red Bull Racing.”
Mekies, engenheiro francês com experiência também na FIA e na Ferrari, chega com a missão de restauração. Já com trajetória sólida na Red Bull — em Faenza, na Toro Rosso, depois Racing Bulls —, sua nomeação sinaliza um novo capítulo mais técnico e estruturado do grupo.
🏁 O que vem por aí?
- Max Verstappen ainda tem contrato até 2028, mas o desempenho instável e cláusulas contratuais levantam especulações sobre possível saída.
- A Red Bull ocupa apenas o quarto lugar no Mundial de Construtores — atrás de McLaren, Ferrari e Mercedes — e busca reagir já no GP da Bélgica daqui a duas semanas .
- Mekies enfrenta o desafio imediato de (re)unir a equipe e retomar o ritmo vencedor.
🧩 Conclusão
A saída repentina de Horner marca o fim de uma era gloriosa da Red Bull, mas também representa uma ruptura estratégica. Laurent Mekies herda a missão de renovar danças internas e resgatar a competitividade. A grande pergunta agora é: será que essa guinada chega a tempo de manter Verstappen e reacender o domínio da equipe?