O futebol brasileiro voltou a ser abalado por denúncias de manipulação de resultados. Três jogadores do Londrina relataram ter recebido propostas para cometer irregularidades durante a partida contra o Maringá, válida pela terceira rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, realizada em 26 de abril.
Segundo a apuração, o trio foi procurado com uma oferta de R$ 15 mil para receber cartão amarelo ao longo do confronto. Os atletas recusaram a proposta e imediatamente acionaram a diretoria do clube e as autoridades competentes. O episódio deu início a uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Na manhã desta sexta-feira (12), a operação batizada de “Derby” foi deflagrada em Salvador (BA) e Itapema (SC). Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos suspeitos de integrarem o esquema de apostas ilegais, que mirava competições nacionais de grande visibilidade.
O Gaeco informou que as apurações ainda estão em andamento, mas destacou a importância da denúncia feita pelos atletas. A colaboração foi considerada fundamental para desarticular uma possível rede criminosa que vinha atuando no cenário esportivo.
A CBF e a própria Série C já haviam sido alvo de alertas anteriores sobre movimentações atípicas em sites de apostas. O caso reforça a necessidade de monitoramento constante e da criação de mecanismos mais rígidos de integridade.
Com a denúncia e a investigação em curso, o Londrina se posicionou de forma oficial, afirmando que repudia qualquer tentativa de manipulação e que dará total apoio às autoridades. O clube também elogiou a postura dos jogadores, que agiram com responsabilidade ao rejeitar a proposta e colaborar com a Justiça.
A “Operação Derby” segue em andamento e pode revelar novos nomes e conexões nos próximos dias, em mais um capítulo da luta contra a manipulação no futebol brasileiro.